quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Prezado amigo, só tenho palavras.

            Prezado amigo,

       Recentemente fiquei sabendo de seu infortúnio. De todo coração estimo melhoras. Sei que a prática comum nessas circunstâncias é o envio de flores, alguma outra oferenda que possa fazer com que você se sinta melhor e/ou quem sabe uma vizitinha de apoio moral. Cada um oferece o que tem. Cada um faz o que pode. Eu, meu caro amigo, tenho só palavras. Espero que lhe sejam úteis ou que lhe façam algum bem.
      De fato, esse mal que te aflige é coisa séria e merece todo o seu carinho (sim carinho) e atenção. Mas isso levando em consideração algumas coisas:
       Podemos ser únicos em vários aspectos, mas acredito que a doença não é um deles. Você não é o primeiro e nem será o ultimo a passar por isso. Encha-se de coragem com o fato de que muitas pessoas já saíram dessa e você pode ser mais um neste hol. Ainda mais se levarmos em consideração que com os avanços da medicina este funil está ficando cada vez mais largo.
        Sei que você preferiria não passar por isso. Eu, sendo você pensaria da mesma forma. Contudo, senão tem jeito vamos espremer o que a situação tiver de melhor. Dizem que uma coisa dessas faz a gente adquirir uma nova percepção sobre a vida (olha só: você vai ser mais sábio). Além disso, você vai ganhar uma licença especial para falar muito do que pensa (use-a com a sua sabedoria nova) e um vale paparicos (nesse você pode e deve abusar).
        Você também vai conhecer melhor as pessoas que te rodeiam. O stress da situação vai fazer com que a máscara de muitos caiam ou saiam um pouco do lugar. Não sei o que dizer sobre isso, mas acredito que não é bom agir de forma leviana nessas circunstâncias. Máscaras são criadas por vários motivos e muitas vezes de forma inconsciente.
         Faça tudo o que puder para lutar pela vida. Mesmo que não se tratasse da sua, a vida é sempre algo por que se vale lutar.
          No momento são só essas as palavras que tenho. Assim que tiver mais eu as encaminho. Mais uma vez  espero que fique bom logo para marcarmos de tomar uma no bar do Zé ou assistir um jogo do campeonato.

Abraços!

Ah, mais uma coisa:

Estou aqui!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ainda Não Sou Robozinho.

           Faz tempo que não posto nada por aqui. Não é pirraça, nem descaso. É simplesmente falta de assunto e de criatividade. Mesmo pensando todos os dias "Faz tempo que não escrevo no blog", "Preciso fazer um post" ou similares, isso não quer dizer que a coisa sai. O que nos traz ao assunto de hoje.
           Eu sou jornalista. Não sabiam?! Pois é. Exerci pouco a profissão. Entretanto, mesmo que não fosse por ela, sempre escrevi muito. Gosto de escrever. Escrevo para por as ideias em ordem, escrevo cartas, e-mails, lista de compras, das tarefas do dia. Enfim, escrevo o tempo todo. Inclusive, recentemente me juntei ao clube de letras da minha cidade para poder escrever um pouco mais.
          Mas a coisa tem um lado ruim. É a exigência de qualidade. Como não poderia deixar de ser, eu encabeço a lista dos que fazem essa cobrança a mim. Sinto como se o computador criasse olhos e ficasse me encarando com ares de reprovação por eu deixar passar tanto tempo desde a última vez. Sei que, como pino frouxo que sou, isso é só fruto da minha mente um tantinho fértil (ou pelo menos assim espero).
          Existe também a cobrança externa. Tem uma versão que realmente me incomoda. Acredito que essa cobrança vai além das habilidades da escrita, podendo se relacionar com qualquer habilidade. Alguém lê alguma coisa que escrevi e percebe um erro. Ao invés de fazer a correção ou de me apontar o erro, o infeliz ainda tem de tripudiar. "Quê qué issooooo! Logo você?! Uma jornalista, uma pessoa que vive escrevendo cometer um erro desses?". Se não notaram ainda, já vou avisando: EU ERRO E MUITO! O fato de ser jornalista não me faz expert em ortografia e/ou gramática de nenhum idioma. Tento sempre verificar se está tudo certo, mas pode ter certeza de que alguns erros danados ainda vão escapulir.
          Agora, e aquele indivíduo que acha que somos automáticos? Ele quer que você escreva mensagens em todos os cartões de aniversário, Natal, Páscoa, dia dos namorados (deixa a namorada saber!)e etc. Fico com pena dos comediantes que sempre têm alguém para pedir "Conta uma piada engraçada aí". Ou então dos cantores que sempre são obrigados a darem uma palhinha em qualquer festa que vão.
          Não é que não seja bom ser reconhecido e fazer algo de que se gosta. Mas ninguém é robô. A coisa não funciona bem assim...