segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ainda Não Sou Robozinho.

           Faz tempo que não posto nada por aqui. Não é pirraça, nem descaso. É simplesmente falta de assunto e de criatividade. Mesmo pensando todos os dias "Faz tempo que não escrevo no blog", "Preciso fazer um post" ou similares, isso não quer dizer que a coisa sai. O que nos traz ao assunto de hoje.
           Eu sou jornalista. Não sabiam?! Pois é. Exerci pouco a profissão. Entretanto, mesmo que não fosse por ela, sempre escrevi muito. Gosto de escrever. Escrevo para por as ideias em ordem, escrevo cartas, e-mails, lista de compras, das tarefas do dia. Enfim, escrevo o tempo todo. Inclusive, recentemente me juntei ao clube de letras da minha cidade para poder escrever um pouco mais.
          Mas a coisa tem um lado ruim. É a exigência de qualidade. Como não poderia deixar de ser, eu encabeço a lista dos que fazem essa cobrança a mim. Sinto como se o computador criasse olhos e ficasse me encarando com ares de reprovação por eu deixar passar tanto tempo desde a última vez. Sei que, como pino frouxo que sou, isso é só fruto da minha mente um tantinho fértil (ou pelo menos assim espero).
          Existe também a cobrança externa. Tem uma versão que realmente me incomoda. Acredito que essa cobrança vai além das habilidades da escrita, podendo se relacionar com qualquer habilidade. Alguém lê alguma coisa que escrevi e percebe um erro. Ao invés de fazer a correção ou de me apontar o erro, o infeliz ainda tem de tripudiar. "Quê qué issooooo! Logo você?! Uma jornalista, uma pessoa que vive escrevendo cometer um erro desses?". Se não notaram ainda, já vou avisando: EU ERRO E MUITO! O fato de ser jornalista não me faz expert em ortografia e/ou gramática de nenhum idioma. Tento sempre verificar se está tudo certo, mas pode ter certeza de que alguns erros danados ainda vão escapulir.
          Agora, e aquele indivíduo que acha que somos automáticos? Ele quer que você escreva mensagens em todos os cartões de aniversário, Natal, Páscoa, dia dos namorados (deixa a namorada saber!)e etc. Fico com pena dos comediantes que sempre têm alguém para pedir "Conta uma piada engraçada aí". Ou então dos cantores que sempre são obrigados a darem uma palhinha em qualquer festa que vão.
          Não é que não seja bom ser reconhecido e fazer algo de que se gosta. Mas ninguém é robô. A coisa não funciona bem assim...

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