terça-feira, 28 de junho de 2016

Terapias, Diários e Licença para Matar!

      Outro dia estava conversando com um amigo sobre diários. Acho que são uma ótima ferramenta de auto-análise. Um momento para se relaxar e ser realmente honesta sobre seus próprios sentimentos. Mais até do que seria falando com um analista, psicólogo, psiquiatra ou qualquer médico de doido que você tenha.
      Médico de doido sim! Me disseram que o primeiro passo para se melhorar de qualquer enfermidade, preconceito ou coisas do tipo é assumir o problema e ir à luta. Eu assumo: sou doidinha! Assim, com diminutivo mesmo. Afinal de contas, nunca bebi tinta...ainda. Por isso, tenho meus médicos de doido (apesar deles não gostarem dessa alcunha).
      Pois bem, acredito que diários me ajudam a desabafar. O problema é que logo que se começa a escrever, pensamos na possibilidade de algum fuxiqueiro resolver usar sua terapia literária como leitura de cabeceira. É nesse momento que se adquire um sintoma muito sério: a mania de perseguição. Todos são suspeitos: sua mãe, seu pai, a empregada, até o gato te olha de um jeito estranho como se soubesse dos seus segredos mais sombrios...espera um pouco...gatos sempre têm esse olhar!
      Ok! Gatos não contam.
      Mas todos os demais parecem conhecer os seus segredos. Suas esquisitices assumidas em um momento em que sua guarda estava baixa. Ao invés de deixar suas memórias e confidências na gaveta, começa a pensar em lugares inusitados onde poderia guardá-las. Resolve que vai alternar os lugares a cada página preenchida. Escrever em outra língua? Em código talvez? De repente, começa a ter um súbito interesse por filmes de espionagem...E antes que você chegue a escrever a lauda do meio do precioso caderno, já se tornou quase um 007, faltando somente a licença para matar.
      Como eu estava dizendo, escrever um diário é uma ótima terapia...Quero dizer... eu acho...porque eu não tenho diário, nunca tive! Nunca!...Por que você está me olhando assim? Não entre no meu quarto!....hum...acho que vou ao psiquiatra.
     
     

2 comentários:

  1. Hahahaha, também nunca tive. Jamais. Nem em papel, nem em cadernos camuflados, nem na internet. <3
    Adoro o modo como você escreve!

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    1. Ah, Nine! É tudo culpa dos meus queridos e paranóicos Tico e Teco viciados em pílulas de arco-íris...

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