sábado, 28 de maio de 2011

Macacos me Mordam!!!!!!!!!!

            Estava eu, lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho. Mas não é a toa que se diz que devemos estar sempre alerta. Foi justamente nessa hora que eu escutei um barulho estranho. quando levantei o rosto para ver o que era, avistei um pano de prato pululando em minha direção. Quase tive um piripaque!!!!! Eu nunca podia imaginar que algum dia eu seria vítima de um ataque dos panos de pratos assassinos do mal!
 ....Maaaas foi só um susto. Logo me dei conta de que o pano de prato estava enroscado na pata de um pardal (não me pergunte como). O bicho não conseguia se soltar ou voar e dava pulinhos tentando se libertar. Ajudei o pardal se soltar e ele voou para a sala. Abri a janela e deixei que ele saísse sozinho.
            De novo estava eu,  lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho. Tinha acabado de almoçar. Me desculpem, mas não dá para ficar sempre alerta após o almoço. E foi justamente aí que aconteceu. Escutei um barulho de novo. Pensei: "será que é um novo ataque do pano de prato?", "será que o pardal resolveu vir agora com uma toalha molhada e sabão em barra dentro?". Fui lá ver o que era.  
              Foi então que eu mal olhei para ele e dei um grito. Ele me viu e também gritou! Só que o topeira, que na verdade era um mico, ao invés de fugir, correu atrás de mim. Só não tive um outro piripaque porque não deu tempo. Corri para o meu quarto com o mico reencarnação do "Cujo" na minha cola.
               Trancada no quarto, minha cabeça foi a mil. O que faço agora? Ligo para o 190? Para os Bombeiros? Para o Zoonoses? Para o Chapolin Colorado? Decidi agir como uma pessoa sensata  com mais de 30 anos: ligar para o meu pai!
                Contudo, percebi que o celular havia ficado na sala. Estava ilhada em meu próprio quarto. No entanto, nem tudo estava perdido! Eu ainda tinha meu notebook e Internet. Só que Murphy não falha. Não tinha ninguém online. Mesmo assim, resolvi mandar um e-mail para o senhor Dr. Meu Pai. Ele poderia ver o e-mail na hora ou uma semana depois. Era um risco que eu teria de correr.
                Qual não foi a minha alegria, quando vi a prima Naty no msn! Depois de uma breve explicação sobre o ocorrido, pedi para ela ligar para o senhor Dr. Meu Pai e pedir para que ele conferisse o e-mail. Ele me respondeu dizendo que estava a caminho. Enquanto isso, encorajada pelas palavras da prima Naty, aventurei-me até a sala. Porém o danado do Mico-Cujo estava à espreita e correu atrás de mim outra vez. Mas não sem antes, eu pegar me celular.
              Quando meu pai chegou, discutimos estratégias pelo telefone. Não tinha outro jeito. Eu teria que agir sozinha. A casa estava trancada e não tinha como ele entrar. Munida de uma armadura jeans e de uma toalha, consegui chegar até a varanda e fazer um upgrade de armas pegando uma vassoura. O momento era tenso. Com minha armadura, a toalha em uma mão e a vassoura na outra, atravessei a casa, até a porta e até o portão da casa. Eu estava em liberdade!
              Apesar de não ter avistado o Mico-Cujo durante a travessia, o Dr. Meu Pai fez uma averiguação do perímetro. Provavelmente o pequeno monstrinho achou a saída via cozinha, após a última perseguição. Perímetro averiguado, a paz voltou a reinar e eu voltei a ficar lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho.