segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Currículo

            Pois é, estava euzinha olhando os classificados outro dia, quando me deparei com um anúncio que procurava por "noeletes" (imagino que se refira às chacretes do Papai Noel). A vaga oferecia um pagamento de R$600,00, refeição oferecida no local, vale-transporte e uniforme.
            Imediatamente comecei a imaginar o que seria um currículo impressionante para se candidatar ao posto de noelete:
* Formação em engenharia de brinquedos;
* Especialização em gestão de anões;
* Estágio no Pólo Norte;
* Carteira de habilitação para condução de renas;
* Experiência em esquivamento de chutes na canela;
           São tantas as possibilidades...
           Também fiquei pensando se esse vale-transporte seria para ônibus mesmo, ou seria para trenó. E a refeição? Será que servem eggnog, peru, rabanada e panetone? Espero que não. Deve ser muito difícil carregar a molecada para sentar no colo do Papai Noel com o estômago cheio desse jeito. Hum...talvez essa seja a refeição só do Papai Noel, por isso que ele fica sempre sentado na poltrona....
         De qualquer forma achei o salário um tantinho baixo para quem vai ter de conviver com a molecada chorando, correndo, berrando, chutando, lidar com anões igualmente hiperativos,  e sabe-se lá quantas coisas mais. Tudo isso em um uniforme ridículo que vai fazer a coitada rezar para que a poltrona do Papai Noel seja suficientemente grande para ela se esconder atrás sempre que avistar algum parente e/ou amigo. Afinal de contas, Natal é sempre época em que eles se dedicam a partilhar as nossas histórias constrangedoras.




           

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cadê minha peninha?

            É terrível. Estou sofrendo de uma grave falta de assunto. Fico pensando: o que isso pode revelar sobre a minha humilde (HA! Nem eu acredito nisso) pessoa?
             Será que minha vida é tão sem graça que não rende nem uma notinha? Ou talvez eu tenha sido contaminada pelo medonho vírus da preguiça literária? Ou pior: a primeira condição favoreceu o ataque da segunda?!?
            Acho que a verdade é que estou sim numa pasmaceira tremenda e sou muito medrosa para sair dela e ir em busca de assunto e inspiração. Dizem que a melhor forma de acabar um medo é se expor a ele (é por isso que continuo com lagartixafobia até hoje). Hum...De repente me lembrei do Dumbo - animação Disney de 1941. Pelo menos ele tinha uma peninha que lhe dava autoconfiança para voar. Eu quero uma peninha!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Prezado amigo, só tenho palavras.

            Prezado amigo,

       Recentemente fiquei sabendo de seu infortúnio. De todo coração estimo melhoras. Sei que a prática comum nessas circunstâncias é o envio de flores, alguma outra oferenda que possa fazer com que você se sinta melhor e/ou quem sabe uma vizitinha de apoio moral. Cada um oferece o que tem. Cada um faz o que pode. Eu, meu caro amigo, tenho só palavras. Espero que lhe sejam úteis ou que lhe façam algum bem.
      De fato, esse mal que te aflige é coisa séria e merece todo o seu carinho (sim carinho) e atenção. Mas isso levando em consideração algumas coisas:
       Podemos ser únicos em vários aspectos, mas acredito que a doença não é um deles. Você não é o primeiro e nem será o ultimo a passar por isso. Encha-se de coragem com o fato de que muitas pessoas já saíram dessa e você pode ser mais um neste hol. Ainda mais se levarmos em consideração que com os avanços da medicina este funil está ficando cada vez mais largo.
        Sei que você preferiria não passar por isso. Eu, sendo você pensaria da mesma forma. Contudo, senão tem jeito vamos espremer o que a situação tiver de melhor. Dizem que uma coisa dessas faz a gente adquirir uma nova percepção sobre a vida (olha só: você vai ser mais sábio). Além disso, você vai ganhar uma licença especial para falar muito do que pensa (use-a com a sua sabedoria nova) e um vale paparicos (nesse você pode e deve abusar).
        Você também vai conhecer melhor as pessoas que te rodeiam. O stress da situação vai fazer com que a máscara de muitos caiam ou saiam um pouco do lugar. Não sei o que dizer sobre isso, mas acredito que não é bom agir de forma leviana nessas circunstâncias. Máscaras são criadas por vários motivos e muitas vezes de forma inconsciente.
         Faça tudo o que puder para lutar pela vida. Mesmo que não se tratasse da sua, a vida é sempre algo por que se vale lutar.
          No momento são só essas as palavras que tenho. Assim que tiver mais eu as encaminho. Mais uma vez  espero que fique bom logo para marcarmos de tomar uma no bar do Zé ou assistir um jogo do campeonato.

Abraços!

Ah, mais uma coisa:

Estou aqui!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ainda Não Sou Robozinho.

           Faz tempo que não posto nada por aqui. Não é pirraça, nem descaso. É simplesmente falta de assunto e de criatividade. Mesmo pensando todos os dias "Faz tempo que não escrevo no blog", "Preciso fazer um post" ou similares, isso não quer dizer que a coisa sai. O que nos traz ao assunto de hoje.
           Eu sou jornalista. Não sabiam?! Pois é. Exerci pouco a profissão. Entretanto, mesmo que não fosse por ela, sempre escrevi muito. Gosto de escrever. Escrevo para por as ideias em ordem, escrevo cartas, e-mails, lista de compras, das tarefas do dia. Enfim, escrevo o tempo todo. Inclusive, recentemente me juntei ao clube de letras da minha cidade para poder escrever um pouco mais.
          Mas a coisa tem um lado ruim. É a exigência de qualidade. Como não poderia deixar de ser, eu encabeço a lista dos que fazem essa cobrança a mim. Sinto como se o computador criasse olhos e ficasse me encarando com ares de reprovação por eu deixar passar tanto tempo desde a última vez. Sei que, como pino frouxo que sou, isso é só fruto da minha mente um tantinho fértil (ou pelo menos assim espero).
          Existe também a cobrança externa. Tem uma versão que realmente me incomoda. Acredito que essa cobrança vai além das habilidades da escrita, podendo se relacionar com qualquer habilidade. Alguém lê alguma coisa que escrevi e percebe um erro. Ao invés de fazer a correção ou de me apontar o erro, o infeliz ainda tem de tripudiar. "Quê qué issooooo! Logo você?! Uma jornalista, uma pessoa que vive escrevendo cometer um erro desses?". Se não notaram ainda, já vou avisando: EU ERRO E MUITO! O fato de ser jornalista não me faz expert em ortografia e/ou gramática de nenhum idioma. Tento sempre verificar se está tudo certo, mas pode ter certeza de que alguns erros danados ainda vão escapulir.
          Agora, e aquele indivíduo que acha que somos automáticos? Ele quer que você escreva mensagens em todos os cartões de aniversário, Natal, Páscoa, dia dos namorados (deixa a namorada saber!)e etc. Fico com pena dos comediantes que sempre têm alguém para pedir "Conta uma piada engraçada aí". Ou então dos cantores que sempre são obrigados a darem uma palhinha em qualquer festa que vão.
          Não é que não seja bom ser reconhecido e fazer algo de que se gosta. Mas ninguém é robô. A coisa não funciona bem assim...

sábado, 28 de maio de 2011

Macacos me Mordam!!!!!!!!!!

            Estava eu, lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho. Mas não é a toa que se diz que devemos estar sempre alerta. Foi justamente nessa hora que eu escutei um barulho estranho. quando levantei o rosto para ver o que era, avistei um pano de prato pululando em minha direção. Quase tive um piripaque!!!!! Eu nunca podia imaginar que algum dia eu seria vítima de um ataque dos panos de pratos assassinos do mal!
 ....Maaaas foi só um susto. Logo me dei conta de que o pano de prato estava enroscado na pata de um pardal (não me pergunte como). O bicho não conseguia se soltar ou voar e dava pulinhos tentando se libertar. Ajudei o pardal se soltar e ele voou para a sala. Abri a janela e deixei que ele saísse sozinho.
            De novo estava eu,  lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho. Tinha acabado de almoçar. Me desculpem, mas não dá para ficar sempre alerta após o almoço. E foi justamente aí que aconteceu. Escutei um barulho de novo. Pensei: "será que é um novo ataque do pano de prato?", "será que o pardal resolveu vir agora com uma toalha molhada e sabão em barra dentro?". Fui lá ver o que era.  
              Foi então que eu mal olhei para ele e dei um grito. Ele me viu e também gritou! Só que o topeira, que na verdade era um mico, ao invés de fugir, correu atrás de mim. Só não tive um outro piripaque porque não deu tempo. Corri para o meu quarto com o mico reencarnação do "Cujo" na minha cola.
               Trancada no quarto, minha cabeça foi a mil. O que faço agora? Ligo para o 190? Para os Bombeiros? Para o Zoonoses? Para o Chapolin Colorado? Decidi agir como uma pessoa sensata  com mais de 30 anos: ligar para o meu pai!
                Contudo, percebi que o celular havia ficado na sala. Estava ilhada em meu próprio quarto. No entanto, nem tudo estava perdido! Eu ainda tinha meu notebook e Internet. Só que Murphy não falha. Não tinha ninguém online. Mesmo assim, resolvi mandar um e-mail para o senhor Dr. Meu Pai. Ele poderia ver o e-mail na hora ou uma semana depois. Era um risco que eu teria de correr.
                Qual não foi a minha alegria, quando vi a prima Naty no msn! Depois de uma breve explicação sobre o ocorrido, pedi para ela ligar para o senhor Dr. Meu Pai e pedir para que ele conferisse o e-mail. Ele me respondeu dizendo que estava a caminho. Enquanto isso, encorajada pelas palavras da prima Naty, aventurei-me até a sala. Porém o danado do Mico-Cujo estava à espreita e correu atrás de mim outra vez. Mas não sem antes, eu pegar me celular.
              Quando meu pai chegou, discutimos estratégias pelo telefone. Não tinha outro jeito. Eu teria que agir sozinha. A casa estava trancada e não tinha como ele entrar. Munida de uma armadura jeans e de uma toalha, consegui chegar até a varanda e fazer um upgrade de armas pegando uma vassoura. O momento era tenso. Com minha armadura, a toalha em uma mão e a vassoura na outra, atravessei a casa, até a porta e até o portão da casa. Eu estava em liberdade!
              Apesar de não ter avistado o Mico-Cujo durante a travessia, o Dr. Meu Pai fez uma averiguação do perímetro. Provavelmente o pequeno monstrinho achou a saída via cozinha, após a última perseguição. Perímetro averiguado, a paz voltou a reinar e eu voltei a ficar lalarilante como sempre, curtindo a quietude do meu doce larzinho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Livre Arbítrio e a Culpa

           Sim. Nós temos direito divíno ao livre arbítrio. Pelo menos, assim está na Bíblia. Podemos escolher fazer o que bem entendermos com as nossas vidas. Quero dizer....em tese.
           Se você é um indivíduo(a) mínimamente de bem, a culpa vai te pegar. E sinta-se grato caso você seja só uma pessoa de bem sem vínculos religiosos. Porque se for uma pessoa de bem e religiosa, o peso da culpa é ao quadrado (ou ao cubo, dependendo do peso que você atribui às chantagens emocionais de familiares também religiosos).
            O lance do livre arbítrio não é bem escolher o que se quer fazer. Na verdade é escolher a culpa que se quer carregar. Quanto menos culpa você suporta, mais certinho você tende a ser. Mas quero lembrar que isso só se aplica aos mínimamente corretos. Para os espíritos livres, ao invés da culpa, o algoz pode ser uma ressaca brava ( alcóolica mesmo. Não moral), uma intoxicação alimentar, quem sabe um pé quebrado ou uma tatuagem com o nome "Nadir" que você não sabe quem é e muito menos de que sexo seja.
             Na verdade, a culpa funciona, mais ou menos, como um regulador do livre arbítrio. Assim, apesar de ter a liberdade para escolher, a culpa faz a balança pender um pouquinho para o bom mocismo. A culpa é como um lobbista das boas ações. Sabe aqueles desenhos em que tem o anjinho e o diabinho? Pois é, o anjinho se chama Culpa. O diabinho eu não sei, mas é amigo do(a) Nadir.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Mergulho na Calçada e a Valorização do Braço Esquerdo

           E eis que estava eu, toda lalarilante voltando da minha caminhada diária, quando meu pé virou. Me torci de revesguede, meio que catando cavaco. Tendei segurar em alguma coisa, mas não tinha nada a que eu pudesse me agarrar nesse momento de pré-vexame. Não teve jeito. Resolvi abraçar o momento e mergulhar na calçada no maior estilo César Cielo!
            Vou dizer uma coisa: uma barrigada na piscina dói bem menos. Me levantei devagar. Estava preocupada com minha coluna (cultivo uma hérnia de disco com muito amor e carinho já há alguns anos). Movimentei o tronco bem de leve, tentando ver se a coluna ainda existia. Sem problemas! Só a palma das minhas mãos e os joelhos que estavam ardendo um bocado.
            Acabou que o vexame foi discreto, a rua estava praticamente deserta e eu estava de óculos escuros o que ajudou a esconder as poucas lágrimas de raiva-humilhação-dor-vergonha. Fui para casa fazendo cara de paisagem. Como se o estado empoeirado da minha roupa, o joelho ralado e o cabelo desgrenhado fossem a última moda em Paris.
              Assim que o corpo esfriou, pude notar que não conseguia levantar o braço esquerdo e minhas costelas estavam doendo. Resumindo: fui no médico e descobri, para meu alívio, que as costelinhas estavam bem. No entanto, o médico me proibiu de mover o braço esquerdo. Pensei aliviada "Que bom que é o esquerdo". Achei que sendo destra, não ia ter problemas. Tss, tss, tss. Ledo engano.
              Nesses últimos dois dias, tenho descoberto que o braço direito não está com essa bola toda não. Mas não é só isso. Estou achando muito interessante essa nova perspectiva. As pequenas rotinas diárias adquiriram um tom de problemas de lógica. Como vestir ou tirar a roupa? Como cortar a carninha? Como cuidar dos cabelos? Como lavar a louça? arrumar a cama? Tudo agora exige "uma nova técnica".
             Estou descobrindo com isso tudo a utilidade do braço esquerdo. A maior parte dos movimentamos com o corpo que fazemos é tão mecânica que não percebemos a utilidade das partes. Mais do que isso, não percebemos COMO fazemos as coisas. A questão para mim não é o cliché de dar valor quando não se tem mais. A adaptação é um processo muito interessante! Lógico que muito provavelmente eu só penso assim porque meu estado é momentâneo. Acho que o que realmente quero dizer é: "Valeu braço esquerdo!"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ele Não Morde!

  Estou tentando fazer caminhadas todos os dias, mas está ficando difícil. Tenho um problema sério com cachorros. Tenho medo. Até penso em arrumar um algum dia para ver se isso passa. No entanto, não acredito que vá mudar minha postura quanto a cachorros em locais públicos.   
        Para falar a verdade, a minha birra mesmo não é tanto com cachorros de rua. A maioria deles não anda perto da gente e se espanta fácil. Minha birra maior são com os DONOS de cachorros e o comportamento deles em locais públicos. Principalmente as madames e seus poodles. Esses eu não sei em quem tenho mais vontade de (piiiiiiiii)!
           O problema todo é que eu (e tenho certeza que muitas outras pessoas) quando vou fazer caminhada, geralmente gosto de andar mais depressa e não gosto de parar durante o percurso. E eis que aparecem madames fazendo caminhada com os "filhinhos" poodles. Para piorar a situação elas fazem questão de soltar o infeliz da coleira. Resultado: ele fica zanzando no meio das pernas de todo mundo que passa. Acho que para quem não tem medo já deve ser um porre ter de diminuir o passo da caminhada por causa do cachorro alheio. Para mim que tenho medo então, nem se fala! Ainda por cima tenho de escutar a madame dizendo com a voz mais enjoada "Ele não moooorde!". E ai de mim se sem querer pisar na criatura enquanto tento manter o passo. Viro mais bandida que a Cruela Cruel!
         Amantes de cães que me perdoem, mas nessas horas, tenho vontade de (piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii)          Outra categoria de donos de cachorro que não suporto são os marombeiros donos de cachorros tão bombados quanto. Eles se acham enquanto passeiam com seus brutamontes. Gostam de ver as pessoas com medo e esperam o cachorro estar quase em cima de você para puxar a coleira.
           Sonho com o dia em que vou ver um poodle rosa e sua madame serem atacados por um rottweiler. Fico imaginando a polícia chegando e encontrando a cena: a madame com com o poodle desbotado e sem rabo, batendo no lutador de jiu jitsu que não sente nada. Ele está de costas para a doninha porque está socorrendo o "maguilinha" que ficou intoxicado com a tinta usada no pelo do poodle que ele mordeu.
           O negócio é o seguinte: quer ter cachorro, então tenha quantos quiser. Mas em local público, cachorro tem de ser na coleira. E pelo amor de Deus, recolham as caquinhas!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Comentários

           Outro dia estava pensando como ao longo da vida vamos colecionando comentários que, apesar de ditos com bastante frequência, na maioria das vezes não acrescentam em nada. Ou pioram as coisas.
            Explico melhor. Quem é que, quando moleque e não tava afim de comer seja porque já tava cheio de porcaria, ou porque tava afim de brincar, ou porque a tia fez um prato de pedreiro ou porque era dobradinha, enfim não interessa! Onde estava mesmo? Ah, sim! Quem é que nessas circunstâncias não teve de ouvir "Tanta gente passando fome, sem ter o que comer e você vai desperdiçar?". Isso sempre me pareceu extremamente ilógico.
1- Se tem tanta gente com fome, não é melhor eu comer menos e dividir com quem não tem?
2- Vomitar o que comi, também não é um desperdício? Não seria melhor ter deixado para quem de fato apreciaria a comida?
3- Como é que o fato de eu comer vai ajudar quem está passando fome?
           Também tem aquele para depressivos. "Quem sabe se você fizer alguma atividade" e a clássica         "Você precisa ter força de vontade". Esclareço para quem não sabe: depressão é uma DOENÇA que INIBE justamente a força de vontade. Se o indivíduo tivesse força de vontade ele não seria depressivo.
            Parece que as pessoas gostam de infligir a culpa nos outros. Coisa comum é estarmos numa situação ruim e chegar um infeliz dizendo "Fica assim não. Tem tanta gente em situação pior". Enumero de novo:
1- Sei que tem gente em situação pior, mas isso não diminui meu problema.
2- Agora além do problema, ainda vou ter de lidar com a culpa. ( obrigada, seu sacana!)
            Não podemos esquecer os comentários otimistas. É o famoso "Pensamento positivo!". Estranhamente, ele tem o efeito inverso em mim. Quanto mais entusiasta é o falante, mais sádicos são meus pensamentos em relação a ele. O que me faz perguntar, mais uma vez enumerando:
1- Se o pensamento é sádico e portanto me proporciona prazer, ele pode ser considerado "positivo"?
2- Se o pensamento tem polariadade, eu preciso de fio terra?
           Não tem jeito, sempre vamos ouvir essas pérolas. Fazer o quê, faz parte. Que aliás é outro comentário. Quando alguém fala isso em uma situação ruim confeço que sinto um "ibiridibes". Não consigo evitar de pensar que se isso "faz parte" e não é "tudo", quer dizer que ainda tem mais por vir. Vixi!