segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cada Um Com Seu Idioma!

            Eu acredito sinceramente que a base da maioria das tramas de peças teatrais, filmes, seriados, novelas e afins está nos ruídos e/ou lapsos de comunicação. Repara para você ver. Aposto que a saga do Harry Potter não chegaria nem a metade se ele falasse mais com o Dumbledore e vice-versa. Orgulho e Preconceito não existiria, o mesmo posso dizer de Muito Barulho Por Nada. Nas novelas então, nem se fala.
           O mais interessante disso tudo é que os ruídos acontecem numa comunicação estabelecida entre pessoas falantes do mesmo idioma. Ao menos em tese. Isso porque é o mesmo idioma, mas sub dialetos diferentes. Eu poderia cair mais fundo no cliché e falar o quanto isso enriquece a língua, mas isso não me interessa muito. Prefiro falar das reações das pessoas diante de um choque de sub dialetos. Como minha mãe que ficou horrorizada quando soube por um rapaz muito bom, mas falante de sub dialeto diferente, que uma determinada rua da cidade tinha sido toda "assaltada". A sorte foi ela ter ficado calada até ele ter explicado que com a rua "assaltada" (asfaltada) não tinha mais buracos. Imagine o que ele iria pensar de minha mãe se ela se manifestasse contra o fato da rua não ter mais buracos?
            E se alguém perguntasse a você se já comeu "oponobis" ( ora-pro-nóbis), se já andou na "combida" (Combi), ou fez compras no "chopi" (shopping)? Você já ouviu dizer que determinado desodorante é ótimo porque com ele você não soa nem fode? Ao menos nesses casos, você pode se guiar pela fonética e pelos contextos e contornar a situação.
           No entanto, quando há um choque de sub dialetos em que as regras do idioma de cada um é diferente a coisa complica. Por exemplo quando conheci um cara que tinha mania de "des". Ele dizia coisas como "a importância de se desvalorizar os funcionários da empresa" ou "a gente tem de se despreocupar em se desatualizar". O indivíduo sempre metia um "des" ao falar no infinitivo. Custei a perceber que ele não era um sacana. Já pensou esse cara numa situação delicada como dando um depoimento para a polícia? "Pode perguntar para a minha esposa seu delegado. Garanto que ela vai desmentir tudo". Aí´, só rezando para o delegado falar a mesma língua.

2 comentários:

  1. ahuahuhauhuauahha fiquei sem vir aqui um tempo e descobri pq naum posso deixar de passar nesse blog,ahuahuhauhuahuahuh, adorei esse post...
    Eu tenho família de roça,ahuahuhauhuah os problemas de comunicação são constantes,kkkkkkkkkkk, em todos os aspectos...

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  2. Estava com saudades amiga Tê! Eu até vi que você tinha sumido, mas como sei que ultimamente você está a mil eu não quis pertubar! Obrigada pela preferência e volte sempre!

    Bjos

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