sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Técnicas de Combate e Casamento!

           Ultimamente, por motivos que não vem ao caso, estou com casamento na cabeça. Não vou me casar, mas tenho tido a oportunidade de ver um pouco mais de perto como a coisa funciona! Cheguei a uma conclusão: para se realizar um casamento é preciso conhecer o mínimo de técnicas de combate!
            Começa-se pela diplomacia na hora de escolher os convidados e de separar as mesas. Como acomodar os divorciados? E os parentes que não se suportam? Como colocar aquela tia escandalosa longe do microfone e da pista e o cunhado que bebe muito longe da manguaça?
            Chega o grande dia! A noiva que sempre sonhou com o SEU dia teve de se contentar com o fato de que ele vai ser seu e de mais três outras noivas, já que o padre agora só trabalha no atacado!
            Por causa do cronograma espremido, o pessoal tático do cerimonial está coordenado para agir às 2.000 horas em ponto! Mas o que pode o planejamento contra a imprevisibilidade dos pimpolhos... A daminha (que mais parece um suspiro de cachinhos) tentou beijar o pajem. O moleque (de cabelo engomado pela mãe e gravatinha ridiculamente borboleta) deu um soco na atrevida que caiu e quebrou os dentes de leite. A comoção no backstage é geral! "Daminha down!Repito: Daminha down!" grita a mocinha do cerimonial (aquelas de tailler e com maquiagem estranha)!
            Depois de cuidar da menina na sacristia e de dar a bronca no menino assediado, começa-se a cerimônia. A noiva está tão linda que ninguém repara na daminha com a boca parecendo overdose de botox e no pajem emburrado! Tudo acaba bem e todos respiram aliviados!
            Corre para a festa! Os noivos chegam e começam a tirar fotos. A Tia avó da noiva, meio ceguinha e usando batom vermelho "pin up" e perfume "Dama da Noite" vai toda serelepe dar aquele beijo e abraço na sobrinha. Os seguranças preparam o bloqueio. A velhinha dribla. A noiva dá um passo para trás, o noivo protege. A velhinha estica os braços para alcançar a sobrinha e ....STRIKE!!! Os seguranças numa recuperação incrível conseguem conter a tia! Na maior finesse e discrição a meliante é retirada do salão.
            Hora de jogar o buquê é outro momento esportivo. A noiva vira de costas. Conta até 3 e joga o buquê. Num momento glorioso a prima que está noiva há 15 anos usa a daminha como tamburete, pula o bolo de concorrentes, pega o buquê e ....TOUCHDOWN!!!! Enquanto ela comemora no maior estilo Michael Jackson, o noivo dela rouba uma garrafa de wisk e foge de fininho...
           A diplomacia a essas alturas já desceu ralo abaixo junto com a finesse! Todo mundo dança alegremente. E as gravatas e pashiminas que antes eram símbolo de elegância viram acessórios de coreografias constrangedoras!!!

5 comentários:

  1. Stella,
    amei!Você sabe que eu destesto casamentos, ainda mais porque hoje vivaram mais um espetáculoo do que realmente duas vidas se unindo. Isso fica em segundo plano, porque o primeiro é sempre pra festa com mais detalhes. Quanto mais coisinhas impressionantes tiver, melhor. E como tem gente que gosta, né?
    Bom, já estou divagando.
    Bjo!

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  2. Bom, isso vai de casal para casal. Acho possível ter um casamento com festa e etc e ser um ritual verdadeiro ao mesmo tempo, mas depende dos noivos.
    Mas independente disso, não tem jeito: é só juntar gente (de preferência da família) para a coisa degringolar. Aí sobram só histórias para rir depois...

    té!

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  3. ahuahuahuhauhuah quase morro de rir com esse post...
    Eu casei só no civil p tentar evitar os constrangimentos,que com meu equilíbrio perfeito, incluiriam a noiva estabacada no caminho do altar... e realmente é só juntar família p coisa degringolar... Mensão honrosa para meu pai q tá sempre disposto a tentar dar um cacete nas crianças mais animadinhas,ahuahuhauhauhuhauh

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  4. Poizé Amiga Tê!

    Eu acho o seguinte: de que adianta o trágico se a gente não pode transformar ele em comédia?!
    Lógico que não consigo fazer isso sempre. Mas eu me esforço!

    Bjos!

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  5. A irmã de um conhecido meu (EUA), anunciou o casamento e fez com que todos que estivessem dispostos a ir eram bem vindos. Casou-se em algum paraizinho do Caribe. Todo mundo de social informal, pés nas areias e flores frescas nos cabelos... A gente aprende a agradar os outros antes da gente e cobra ser agradado em vez de apreciar! Tá na nossa educação, fazer o que?

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